segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

GUCCI



Gucci ou Casa Gucci é uma grife de origem italiana, fundada por Guccio Gucci (1881-1953) em Florença em 1921. Como outras grandes marcas, a Casa Gucci começou com a fabricação de peças de couro feitas artesanalmente pela família.

Em 1994, quase na falência, a direcção artística da marca italiana e de todo o grupo Yves Saint Laurent, que havia a adquirido, entregue a Tom Ford, que lhe atribuiu um novo look, jovem e chic, que tornou a griffe objeto de desejo em todo o mundo.

O sucesso foi tanto que a partir de 1999 até abril de 2004, quando Tom Ford a deixou, provavelmente devido a conflitos internos, para lançar sua própria marca, a Gucci  só cresceu e triplicou seu valor de mercado, se tornando a recordista mundial de vendas italianas para o exterior e sendo incluída entre as 100 marcas top.

Com a saída de Tom Ford, decidiram dividir a responsabilidade entre três designers, entregando os acessórios a Frida Giannini, nascida em  Roma 1972 e que aliava uma boa graduação  em  Moda, à experiência de trabalho para a Fendi (outra  conceituada griffe  italiana, também fundada nos anos 1920) antes de ser contratada pela Gucci.


As coleções desenhadas por ela foram sucesso e logo, e além de acessórios, passou a criar as coleções das linhas femininas e, mais tarde, a masculina. Em 2004 criou peças floridas, uma coleção chamada Flora, que embora não tenha sido bem recebida pela crítica, foi um grande sucesso de vendas internacionais.

Em  2013 voltou a desenhar roupas com muitas flores para comemorar os nove anos de seu sucesso com Flora.

Suas  roupas femininas tornaram-se sinônimo de roupas glamourosas e provocantes, tendo criado a saia “lápis” e luxuosos looks para festas.

As criações de “prêt-a-porter” também agradam muito, porque a estilista permanece fiel ao estilo da griffe, acrescentando um visual moderno e mais divertido.

DIANE VON FURSTENBERG



Diane von Fürstenberg, (Bruxelas, 31/12/ 1946) é uma designer de moda, nascida na Bélgica, e radicada nos Estados Unidos, cuja griffe  DVF é sinônimo de  feminilidade,  luxo e glamour.



Sua vida daria um bom roteiro!  Fruto da união de um casal de religião judaica, Leon Halfin,  romeno, e Liliane Nahmias,  grega,  que havia se radicado  na Belgica, após sobreviver e ser libertada do campo de concentração de Auchwitz  exatos dezoito meses antes da estilista nascer.

Diane atribui seu sucesso a influência da mãe que a criou para enfrentar a vida, com doses generosas de confiança e auto estima. Seu lema era “o medo não é uma boa opção”**.Além dessas sábias palavras, a vida da estilista também foi regida  por uma boa estrela...

Estudou em várias cidades europeias e graduou-se em Economia na Universidade de Genebra, na Suíça. Concluida a graduação, foi viver em Paris, onde trabalhou como assistente de Albert Koski, um agente de fotógrafos de moda.  Transferiu-se para a Itália, para estagiar com Angelo Ferretti, numa indústria  têxtil, onde aprendeu, na prática, sobre tecidos, cores e modelagem. Foi lá que desenhou e produziu seus primeiros vestidos em Jersey de seda.

Em 1969 havia se casado com o príncipe  Egon von Fürstenberg, que conhecera na Universidade. O marido era herdeiro do título de nobreza alemã da Casa de Furstenberg e a sogra uma das  herdeiras da Fiat. Bem jovem, tornou-se conhecida nas altas rodas da sociedade internacional, como Sua Alteza Sereníssima Princesa Diana Von Fürstenberg.
Mas era inquieta demais para se acomodar no papel de  “ esposa de Egon”. Queria ter brilho próprio e, no ano seguinte, com um pequeno investimento passou a desenhar roupas femininas.  Com estilo, baseado em suas próprias palavras: “ para sentir-se feminina e atraente, coloque um vestido”


Em 1974, depois do sucesso dos seus modelos, fixou-se em Nova York, onde encontrou a poderosa editora da revista Vogue, Diana Vreeland, que qualificou seus modelos de designs “completamente acachapantes”*. Na sequência foi convidada a desfilar seus modelos na New York Fashion Week. Sua marca se torna-se, então, internacionalmente conhecida.


Como bandeira da coleção, seu “Wrap Dress” ( vestido transpassado, em jersey de seda) e um ícone da marca, modelo  criado  em 1972,  ao qual atribuem a vantagem, além da beleza, de fazer as mulheres parecerem mais magras. 
  Para expandir mais seu negócio lança uma linha de cosméticos, e um perfume, Tatiana, nome de sua filha.

Em 1976, seu sucesso era tal, que foi capa da revista Newsweek, a despeito de Gerald Ford ter sido recém-eleito Presidente dos Estados Unidos, e ser a primeira opção. A matéria a considerava: “a marca mais vendável desde Chanel”.

Segundo declarações de Diane: “peças  de jersey se amoldam ao  corpo,  são sexy, e, se estampadas, fazem as mulheres se sentirem muito lindas. O Wrap Dress se tornou um modelo tão popular, que logo me senti  pressionada pelas lojas e confecções a sempre fazer mais do mesmo. Havia sempre um homem engravatado controlando as coisas, e acabamos saturando o mercado. Por volta de 1983, eu havia vendido ou licenciado tudo. Mudei para Paris, e julguei que  minha fase de Fashion Designer estivesse encerrada.Quando retornei a Nova York alguns anos depois, vi que minha marca havia perdido a identidade,  mas em compensação reparei que as jovens continuavam comprando velhos vestidos, originais desenhados por mim, em Vintage Shops. Decidi reaver a marca que havia vendido e relançá-la. Eu nem sabia como fazer, tinha medo de fracassar, mas o apoio recebido do pessoal da  moda como Rose Marie Bravo, na época presidente da Saks,  de Karl Lagerfeld, e Tom Ford, me fez criar coragem e refazer  meus wrap dress”.

Em 1997 a marca  é  relançada e é objeto de desejo de quem conhece moda. Se expandiu ainda mais, partindo de sua sede, e da loja conceito em Manhattan, abrindo lojas em setenta países ao redor do mundo. Inclusive no Brasil.


Em 2009, Michelle Obama, no auge do prestígio,  posou num   DVF  Wrap Dress estampado  para a  foto do Cartão de Natal Oficial da Casa Branca, e caiu no gosto das celebridades do mundo Pop, como Madonna, Gwineth Paltrow , Jennifer Lopez, etc.

E uma grande mostra retrospectiva chamada "Diane von Fürstenberg: Journey of a Dress" inaugurou o Manezh, um dos maiores espaços de exposições de Moscou. A mostra, com curadoria de  Andre Leon Talley, esteve também em São Paulo, em 2010, seguindo depois para a China.
Atualmente preside uma Fundação que incentiva o empreendedorismo das mulheres, a preocupação com a saúde, as artes e a qualidade de vida. Um exemplo  foi o apoio total ao projeto do High Line em Nova York, com a doação de uma enorme quantia para transformar o trecho deteriorado da cidade em um aprazível jardim suspenso. 

DONNA KARAN

Donna Karan é uma designer de moda, nascida em Nova York,  cujas peças são internacionalmente comercializadas, com griffes Donna Karan New York e DKNY.

Ela nasceu e foi criada num ambiente ligado à moda, o que certamente influenciou em sua opção por cursar a  Parsons School of Design, em Nova York.

Conseguiu seu primeiro trabalho na área, tão logo concluiu a graduação, integrando a equipe de  colaboradores da estilista Anne Klein (conceituada designer de moda feminina e de acessórios, mundialmente conhecida) Foi um bom começo. Nesse trabalho atuou por longo tempo,  chegando a chefia  da equipe de design.

Em 1985, desligou-se da Anne Klein, para o lançamento de sua propria griffe, assinando Donna Karan, nome adotado desde 1970, ao se casar com Mark Karan. O primeiro desfile  de sua coleção foi sucesso total.

O estilo da  griffe contempla, principalmente,  profissionais bem sucedidos que apesar da agenda apertada, querem  se apresentar sempre elegantes, sem esquecer o próprio conforto. Enfim, gente que gosta de bom e bonito, sem ostentação. Veste bem, com elegância as curvas dos corpos femininos, sem ultrapassar a linha ténue que separa o destaque  da feminilidade da vulgaridade. 

Lentamente Donna Karan construiu
uma marca respeitável  que se transformou num império.. Como muitos outros designers, expandiu o foco para além da linha feminina, criando linha masculina, infantil, sapatos, bolsas, acessórios, cosméticos, etc.

CHANEL

         

A MULHER POR TRÁS DO ESTILO


Vamos falar da vida de Gabrielle Chanel, mulher que inovou a moda na década de 20 com seus cortes retos, capas, cardigãs, cabelos curtos, chapéus e, que até hoje, é conceito atemporal no mundo fashion.


Relaxe e ajeite-se na cadeira porque a história é interessante...e longa! Mas, como contar a historia da Chanel em poucas palavras? 



Gabrielle, à direita, e sua irmã.
Num tempo em que ainda não havia qualquer privilégio em ser mulher a não ser um bom casamento entre pessoas do mesmo nível social, nasce Coco Chanel em 1883, numa família numerosa e simples, em um vilarejo no interior da França. Apesar de ter "felicidade" em seu nome - Gabrielle "Bonheur" Chanel - teve uma infância difícil, e poucas perspectivas levando em conta sua origem pobre.
Aos 12 anos perdeu a mãe, uma humilde lavadeira, e foi mandada, com suas irmãs, para um orfanato mantido por religiosas católicas. O pai, um feirante, morreu tuberculoso. No internato Gabrielle passava o dia sob rígida disciplina, lavando e passando roupas. Lá aprendeu a costurar.


Aos 20 anos, apta a trabalhar com agulha e linha, foi encaminhada a Maison Grampayre, um ateliê de costura especializado em enxovais. Decidiu deixar o orfanato e passou a dividir um quarto alugado.



Nas horas vagas, trabalhava no cabaré “Café Beuglant de la Rotonde”, frequentado por oficiais da cavalaria. Cantava a música “Qui qu’a vu Coco?”, daí a origem de seu apelido “Coco”. No livro de Hal Vaughan, ele explica: “nome extraído de uma cançoneta de seu repertório, ou talvez um diminutivo de cocotte, termo francês para uma mulher sustentada por amantes”. 

Sim, amantes! 
Sua ambição sempre foi muito alta e não queria permanecer no interior e nem continuar pobre, então, procurou alguns amantes ricos.

Nesse bar, cercada e muito cortejada por vários jovens oficiais despertou o interesse dos homens financeiramente bem postos para casinhos sem compromisso. Acabou seduzindo um deles, Etienne Balsan um socialite, herdeiro de uma fábrica de tecidos que fazia uniformes do exército. Ele a hospedou em seu castelo e foram amantes por alguns meses, mas se mantiveram amigos por toda a vida. Este relacionamento lhe trouxe algumas vantagens, conforto, novos amigos, e o gosto por cavalgadas.

Chanel e Etienne Balsan 
      




Na capital parisiense, Coco conheceu o grande amor da sua vida. Arthur Capel.




Com Capel
O milionário inglês Arthur Capel, ajudou-a a abrir a sua primeira loja de chapéus, e que se tornaria um sucesso a apareceria nas revistas de moda mais famosas de paris.





Com este relacionamento, Chanel aprendeu a frequentar o meio sofisticado da Cidade Luz. Capel, meses mais tarde, morreu num desastre de carro. 
Com este desgosto, Chanel abriu a primeira casa de costura - Gabrielle Chanel -, comercializando, principalmente, os chapéus. 



Foi uma das primeiras mulheres a usar calças, cortar o cabelo curto e rejeitar o espartilho. Emancipação e liberdade da moda feminina.

Ela nunca admitiu sua infância pobre. Somente após sua morte, fatos vieram à tona para o público em geral. Anos depois Chanel disse: "Desde a infância, tive certeza que haviam tirado tudo de mim, que tinha morrido. Soube disso aos 12 anos. Pode-se morrer mais de uma vez na vida"Mas era inteligente e talentosa, tirou proveito das oportunidades que surgiram em seu caminho, para tomar decisões usando a própria cabeça, exigindo dela coragem, sua "única opção", dizia.




Trajes da Belle Époque - 1890 a 1915 - época de efervescência cultural na França. A moda era linda e luxuosa,  mas para um grupo beeeeeeem seleto: os muito ricos e os privilegiados "bem nascidos". 


Gabrielle “Coco” Chanel lançou roupas muito elegantes, “estilosas”, agradáveis e de qualidade. Criadora radical, trouxe para a costura feminina as linhas retas e o preto e branco – que nunca saiu de moda - , além do conceito de conforto que até o início do século XX era monopólio do traje masculino. Com isso aposentou de vez o espartilho e definiu uma nova silhueta para a mulher moderna. 


 

      


       


      

 

     





A imagem abaixo revela três grandes ícones popularizados por Chanel na moda: as pantalonas, que no início eram usadas apenas como saída de praia; o duo preto e branco (ela adorava contrastes) e o colar de pérolas falsas. 

Com um amigo, em Veneza, 1930
Poderíamos chamá-la de precursora da preocupação com a sustentabilidade. À ela é atribuída a frase: "Sou contra a moda que não dure... não consigo imaginar que se jogue uma roupa fora, só porque é primavera". 


Em 1926, lançou o pretinho básico.


"Uma mulher precisa de apenas duas coisas na vida! Um vestido preto e um homem que a ame".







   

     

 

Ela abalou o século 20 ao libertar as mulheres dos espartilhos, dos vestidos pesados, dos chapéus mirabolantes e do preto, restrito ao luto. O segredodo sucesso de Chanel era simples: apenas criava roupas que gostava de vestir.
Chanel nunca desenhou um único croqui. Trabalhava diretamente no corpo das manequins e de suas mãos saía uma moda prática. “Os ilustradores de moda trabalham com lápis: é uma arte. Os costureiros, com tesoura e alfinetes: é um assunto cotidiano”, ela dizia.   




  







Barbara Streisand, Elza Martinelli e Marlene Dietrich na primeira fila do desfile de Coco Chanel em 1966, todas usando a grife.


Pérolas. Ah! As pérolas...


São eternas, chiques, femininas e combinam com tudo. Nunca saem de moda. São um clássico no guarda-roupa.

Pérolas eram sinônimo de aristocracia e foi Coco Chanel a responsável por tirar a pompa. Ao propor o uso no cotidiano, não apenas em ocasiões formais, mas também no dia a dia, popularizou a bijuteria.
Em 1910, ao abrir a sua primeira butique, solta uma de suas famosas frases: "Uma mulher precisa de voltas e voltas de pérolas". 


Cria os colares de pérolas falsas e as correntes douradas, numa época em que a moda era apenas jóias de ouro.
Com isso, todas as mulheres passaram a ter também o direito de se enfeitarem. "Impossível usar sempre jóias verdadeiras se não houver mulheres que usem jóias falsas". Outra frase irônica.


Criando a sua joalheria


    


Chanel n° 5 - As gotas da controvérsia




Coco Chanel costumava dizer que o mais misterioso e o mais humano dos sentidos é o cheiro. "Pelo cheiro um corpo se comunica com o outro". 
Ela desejava que o perfume fosse "fabricado sob medida como se fabrica um vestido".

Gabrielle e Dimitri 

Chanel se relacionava com o príncipe russo Dimitri Pavlovitch, refugiado em Paris, que a apresentou ao perfumista dos czares da Russia, Ernest Beaux. Das essências desenvolvidas por ele, Mademoiselle se encantou pela de número 5, e foi batizado apenas como Chanel Nº 5. A fragrância foi embalada em um frasco de linhas retas e simples. 



Em 1921, criou seu perfume - apelidado de "monstro das fragrâncias" - e entrou para a história como um ícone cultural. A estratégia de marketing adotada por Coco Chanel na época do lançamento do perfume foi um convite de jantar aos seus amigos mais próximos. Foi durante o encontro que ela surpreendeu os convidados ao esborrifar a fragrância sobre eles. 
Uma mulher movida pelas circunstâncias. E que soube lucrar muito com elas!



Chanel era uma mulher com um olfato excepcional, mas esse cheiro guarda um grande segredo... 


...O cheiro da sua história! As feridas da perda e do abandono, relacionadas com a pureza e o cheiro de limpeza do orfanato católico. No ambiente do cabaré conviveu com cantoras, atrizes e prostitutas que usavam o doce cheiro do jasmim para atrair os homens. Mas também sabia da preferência das mulheres de classe alta por fragrâncias florais, de rosas e de violetas. Passou grande parte de sua vida estudando as combinações. Ela queria encontrar um "cheiro de mulher". Queria um perfume que traduzisse a sensualidade e não a prostituição, mas a independência, a limpeza. 


Dias após a libertação de Paris da ocupação nazista em agosto de 1944, soldados americanos formaram uma imensa fila diante do número 31 da Rua Cambon. Queriam frascos de perfume Chanel N° 5, que carregariam como lembrança da guerra e do luxo europeu a suas mães, namoradas e irmãs!



Como símbolo de poder e feminilidade, seu perfume foi o preferido da mulher mais sedutora do século 20, Marylin Monroe que confessou em uma entrevista em 1954 que dormia completamente nua e com apenas cinco gotas de Chanel Nº 5.


Mas além das vendas, do marketing e do glamour, o cheiro imaginado por Coco Chanel se perpetuou e sobreviveu como o perfume mais valorizado pelas mulheres em quase cem anos de história. 
Chanel Nº 5 sempre foi sinônimo de luxo e feminilidade...


    

Evolução dos frascos

 A 2ª Guerra Mundial a caminho acabou influenciando muito sua vida, e até sua marca. Um novo perfil, “período negro”, segundo Vaughan, dessa grande mulher, foi a espionagem. Em seu livro vem a público seu envolvimento com a alta inteligência nazista durante a ocupação alemã em Paris entre 1941 e 1944. “Ela era, isto sim, uma agente nazista, uma facilitadora que usou sua grande rede de contatos para ajudar os nazistas”. 


Chanel não se tornou estilista apenas para disfarçar outros planos. Era uma profissional da moda de fato, e, valente, sem posição política, apenas comercial. “Era uma personagem extraordinária, uma oportunista consumada, que aproveitou todas as chances de avançar na carreira”. Segundo Vaughan, “...suas relações próximas com o duque de Westminster, com o príncipe de Gales que abdicou do trono, e com o primeiro-ministro Winston Churchill, fizeram dela a agente perfeita para os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.”.

Coco Chanel com Winston Churchill, que, acredita-se, a ajudou a escapar para a Suíça, a partir de Paris.
Lisa Chaney relata em seu livro o caso da estilista com Hans Gunther von Dincklage, seu último relacionamento amoroso, um dos braços direitos do chefe da propaganda nazista, Joseph Goebbels, e que, supostamente, influenciou a estilista a agir como espiã. Sua primeira coleção no pós-guerra não foi bem recebida. Apesar da fama de estilista e de seus contatos, durante anos não era vista com bons olhos nos altos círculos sociais devido ao seu passado, mas sempre lutou. Primeiro com uma pequena loja de chapéus, depois com outra de roupas e mais tarde com seu perfume.


Os franceses conceituaram mal este romance e deixaram de frequentar a sua casa. Nesta década, Chanel teve dificuldades financeiras. Não se sentiu derrotada. Norteou-se por seus próprios pensamentos: "A força se consegue com fracassos e não com os sucessos" e voltou-se para a América. Para manter a casa aberta, Chanel começou a vender suas roupas para o outro lado do Atlântico, passando a residir na Suíça.


Conta-se, também, que ela teria se tornado a espiã F-7214 em troca da libertação de um sobrinho de um campo de concentração.






Verdade ou não!

Se a famosa designer foi uma espiã nazista, o que mais importa pra gente é como Coco revolucionou a moda de sua época e foi uma mulher a frente de seu tempo.


Com Salvador Dali
Greta Garbo

Nesse período, Chanel conheceu muitos artistas famosos.
Com Picasso

Os Estados Unidos estavam na euforia dos vencedores com muito dinheiro e, aspiração no consumo e na aquisição de classe. Ela passou a exportar seus produtos que atendiam plenamente as aspirações das mulheres americanas: luxo e refinamento. E também, porque uma das pessoas mais citadas e fotografadas era uma mulher que já usava Chanel desde o berço: Jackie Kennedy. Foi muita sorte ter Jackie, entre suas clientes, uma pessoa de genuína elegância!





Jackie Kennedy começou a aparecer nas revistas de moda com a sua criação (tailleurs, casacos, sapatos, bolsas...). Além da primeira dama, seus modelos vestiram grandes estrelas como a princesa Grace Kelly, atrizes como Marlene Dietrich, Marilyn Monroe, Ingrid Bergman e Catherine Deneuve.

Com Catherine Deneuve



Em 1954 retornou a Paris e aos seus negócios na alta costura. Quando apresentou a coleção de 1958, as francesas ficaram maravilhadas. 

A revista ELLE escreveu em destaque: "Dez milhões de mulheres votam CHANEL".

"Não existe mulher feia, existe mulher mal vestida"



O logotipo


O tradicional (Double C) foi criado por “Coco Chanel”. Os C’s entrelaçados são as iniciais do seu nome. O logotipo somente foi registrado como marca depois da abertura de suas lojas.


A bolsa de metalasse 2.55

Essa bolsa recebeu esse título em homenagem a sua data de criação: fevereiro de 1955. Chanel inventou a primeira bolsa a tiracolo e deixou as mãos das mulheres livres. 


Qual a mulher que não sonha com um modelo parecido com esse? Acredito que esse desejo se deve ao fato de ela ser um item que se encaixe no dia a dia e a noite, sem perder a sua magnitude.

Os icônicos sapatos bicolores



Lançado em 1957, a idéia de Coco era disponibilizar no mercado  um modelo que combinasse com tudo. As cores escolhidas foram o bege e o preto. Não foi por acaso. O bege, para alongar as pernas, e o preto da ponta para dar a impressão que os pés são menores.





O bico preto também protegia o sapato por mais tempo. 




Sapato Oxford Verão 2015

Inverno 2015-16


O estilo Chanel foi copiado no mundo todo e permanece revitalizado por Karl Lagerfeld, hoje à frente da Maison Chanel, que seguiu a orientação “a moda sai de moda, mas o estilo jamais”. 


Sob o comando de um ou de outro, a grife sempre entendeu o espírito do seu tempo.

        

Em 2009, Lagerfeld criou a maleta da executica atual, com espaço para guardar o iPod, itens da necessaire de beleza e a bolsa 2.55










Ah! Chanel é sempre tão presente que quase nos esquecemos de mencionar que 1971 ela se foi. Será? Bem, ela é um clássico e surpresa! 


Quando a grande estilista morreu, encontraram em sua casa desenhos de roupas, ou seja, ela ainda estava fazendo uma nova coleção.
Faleceu no Hôtel Ritz Paris, onde viveu por 33 anos. Teria dito a uma camareira que estava presente: “Vê? É assim que se morre. Sozinha, mas sempre chique”. O seu funeral foi assistido por centenas de pessoas que levaram as suas roupas em sinal de homenagem. 
Está sepultada na Suiça.


O estilo Coco Chanel significa vestir-se com elegância, especialmente, no cotidiano da mulher do século XXI, cuja agenda lotada exige apresentar-se bem e com conforto!
Chanel continua viva no mundo da moda e mais presente do que nunca.

     

   

                    

                                                   




                                         

              


                    


                        

         


Qual a diferença do Chanel que Penélope Cruz usa atualmente e o tailleur que a elegante de Paris usava?










Você já parou para pensar que o seu famoso tailleur é “chic” até hoje? Usar um tailleur Chanel, vintage ou não, é sinônimo de elegância SEMPRE. 


Esta é a história de Gabrielle Bonheur “Coco” Chanel, que começa a vida como uma órfã teimosa, e, ao longo de uma jornada extraordinária torna-se a lendária estilista de alta-costura que personificou a mulher moderna e se tornou um símbolo atemporal de sucesso, liberdade e estilo.



"A moda não é algo presente apenas nas roupas. A moda está no céu, nas rua, a moda tem a ver com idéias, a forma como vivemos, o que está acontecendo"




Esperamos que tenham gostado!

Nós amamos a Chanel! E, quem não?
Bjo


Temos para nós que ela adoraria brechós, típicos do gosto europeu. Afirmou que adorava curtir seus vestidos antigos...e, quando ainda não era tão famosa, frequentou muitos brechós e até se inspirou em alguns.


Biografias

O Segredo do Chanel Nº 5: A História Privada do Perfume Mais Famoso do Mundo – autor Tilar J. Mazzeo
Dormindo com o Inimigo: A Guerra Secreta de Coco Chanel – autor e jornalista Hal Vaughan
Coco Chanel: Uma Vida Íntima – autora Lisa Chaney
Mademoiselle: Coco Chanel and the Pulse of History - autora e professora Rhonda Garelick